29/04/2015

O JORNAL DA CIÊNCIA, DA SBPC, DIVULGOU A SEGUINTE NOTÍCIA SOBRE O PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO

MEC alerta estados e municípios para elaboração dos planos de educação no prazo
Até fevereiro deste ano, apenas 55 dos 5.570 municípios brasileiros tinham finalizado o plano, bem como três das 27 unidades federativas
Estados e municípios têm prazo de apenas um mês para elaborar seus planos de educação, conforme determina o Plano Nacional de Educação (PNE) do Ministério da Educação (MEC), aprovado em junho de 2014. No entanto, até fevereiro deste ano, apenas 55 dos 5.570 municípios brasileiros tinham finalizado o plano, bem como três das 27 unidades federativas.
A representante da Secretaria de Articulação com os Sistemas de Ensino (Sase), do MEC, Flávia Maria de Barros Nogueira, acredita, porém, que a maioria dos estados e municípios conseguirá cumprir a obrigação até o final de maio. “Temos pouca governabilidade sobre os trâmites administrativos, mas é fato que a grande maioria vai estar com o projeto de lei encaminhado.”
Segundo Flávia, a meta não será obtida pela totalidade: “sabemos que alguns terão alguma dificuldade e trabalharemos intensamente com os que restarem para finalizar o trabalho. O Ministério Público tem um plano de ação para localizar os municípios e avaliar porque o prazo não foi cumprido e o que será feito dali em diante.”
De acordo com ela, a maior preocupação é fazer com que todos os estados e municípios tenham planos de educação, que mostrem viabilidade prática e tenham sentido e condições de alterar a política educacional em seu campo de atuação. “Nosso objetivo é mostrar que há uma mobilização nacional. Todo o MEC está passando por um replanejamento, com todos os programas sendo adequados ao PNE. Ou os municípios e estados compreendem que estamos em um novo momento da educação, ou eles vão perder muito.”
Para Flávia, o ideal seria que o PNE orientasse os estados a fazer seus planos, observando os municípios. “Nós tivemos o PNE tramitando por quatro anos, tivemos uma lentidão muito grande dos municípios para perceber que o tempo depois da aprovação seria curto para fazer o trabalho”, disse ela. A orientação é tentar uma articulação entre estados e municípios para que, depois, o MEC possa fazer uma pactuação para a execução das metas.
(Flávia Albuquerque / Agência Brasil)

09/04/2015

UM PROFESSOR COMO MINISTRO DA EDUCAÇÃO - RENATO JANINE RIBEIRO

Ministro educador

A presidente ainda disse que a indicação de Janine Ribeiro é uma "feliz novidade". "Quem poderia ser mais indicado para comandar toda essa transformação do que um professor? Eu convidei um professor, um pensador e um apaixonado pela educação".
"Ele é uma feliz novidade, porque é um ministro educador numa pátria educadora. Sua escolha traduz a minha maior prioridade para os próximos 4 anos".
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O novo ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, tomou posse nesta segunda-feira (6), substituindo Cid Gomes (Pros), que deixou o cargo após desentendimento na Câmara dos Deputados. Durante a cerimônia de posse a presidente Dilma Rousseff disse que os ajustes nas contas do governo não afetarão os programas importantes do MEC (Ministério da Educação) Sergio Lima / Folhapress
Janine Ribeiro é professor titular de Ética e Filosofia Política da USP (Universidade de São Paulo) e foi diretor da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) entre 2004 e 2008. Fez mestrado na Université Paris Pantheon-Sorbonne, doutorado na USP e pós-doutorado na British Library.
O professor da USP chega ao MEC com forte apoio na academia e fora dela, mas sob enorme restrição orçamentária.
Em entrevista à "Folha" publicada nesta segunda, Janine disse que a maior prioridade é a educação básica (ensinos fundamental e médio). Para dar o salto de qualidade que lhe falta, seu plano é engajar mais as universidades federais e seus estudantes na tarefa, inclusive com recurso ao ensino à distância.
"Um dos principais instrumentos do MEC são as universidades federais", afirma. "A educação pode ter os seus 18% [das receitas de impostos da União] garantidos pela Constituição, mas uma parcela enorme disso vai para as federais."
Ribeiro publicou livros como "A última razão dos seis", "A Universidade e a Vida Atual" e "A sociedade contra o social", ganhador do prêmio Jabuti de ensaio em 2001.

Leia a entrevista concedida pelo novo Ministro:

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/poder/214849-universidade-federal-deve-atuar-mais-no-ensino-basico.shtml